A ascensão qualitativa do rubro-negro paranaense era notória. Com uma estrutura administrativa-esportiva invejável, colocava-se como uma das maiores equipes do futebol brasileiro. A participação na Libertadores da América bem demonstrava que o Atlético galgara os degraus do sucesso com muita galhardia.
A conquista de mais um título de Campeão Paranaense – o bicampeonato - foi conseqüência natural do bom trabalho desenvolvido. Sempre liderando a sua chave, o Atlético chegou para disputar as finais contra o Paraná Clube. Em razão de ter conseguido maior número de pontos, a melhor de três dava a vantagem do rubro-negro jogar por dois empates para se sagrar vencedor. Foi o que acabou acontecendo, tendo em vista que o tricolor jogou as duas partidas na retranca (como sempre). O Atlético empatou a primeira por 1x1 e empatou a segunda, na Baixada, por 2x2.
Ao iniciar o Campeonato Brasileiro de Clubes, o vermelho e preto paranaense havia deixado na mente do seu torcedor uma boa expectativa. A equipe desenvolvia um bom futebol, prenúncio, por conseguinte, de boas vitórias. Já nos 5 primeiros jogos, foram 4 vitórias e um empate. Grêmio, Cruzeiro, São Caetano, Flamengo e Atlético Mineiro sentiram a força do futebol atleticano. Em seguida, mais 5 jogos, porém com reveses em 4 e apenas um empate. Alerta vermelho. Houve a troca de técnico – chegou Geninho e com ele a mudança. O Atlético passou a jogar um grande futebol. Foram 12 partidas invictas e a conquista da ponta da tabela. Mais quatro partidas irregulares – 1 vitória, 2 derrotas e um empate. Classificado para as finais, o rubro-negro fez valer a sua melhor qualidade. Nas quartas-de-final venceu o São Paulo por 2x1, numa memorável partida. Veio a semifinal e o Fluminense (freguês há mais de 55 anos) também foi batido – 3x2. O Atlético estava classificado para as disputas da finalíssima. Pela primeira vez, em sua história, disputaria uma final de campeonato brasileiro da 1ª divisão. Os jogos seriam contra o São Caetano.
A primeira partida aconteceu na Arena da Baixada. Superlotada. A torcida fez a maior festa já vista. Nas quatro linhas, o onze atleticano também deu o seu show. 4x2 era o placar final. Uma goleada atleticana. A torcida já cantava a conquista. Bastava apenas um empate na próxima jornada.
O segundo jogo foi em São Caetano do Sul. Dia chuvoso. O Atlético entrou em campo determinado. Tornou-se o dono do jogo. A determinação e a garra rubro-negra imperavam. Aos 22 minutos, do segundo tempo, Fabiano arrancou pela esquerda e chutou forte, o goleiro Silvio Luís rebateu a bola e Alex Mineiro, o artilheiro das finais, aproveitou e mandou a bola branca para o fundo das redes. Delírio total. Atlético 1x0! Nesse momento o título de Campeão Brasileiro se materializava. Somente na madrugada, com muita chuva em Curitiba, é que a equipe chegou no Aeroporto Afonso Pena. A torcida lá estava, em massa, para esperar e aplaudir os CAMPEÕES BRASILEIROS DE 2001. Uma carreata, com muitos fogos, acordaram os residentes ao longo do trajeto até a Baixada. A cidade, que desde o final do jogo, na tarde domingo, já se pintara de vermelho e preto, assim ficou por muitos dias. Passando pelas ruas, via-se as residências com bandeiras hasteadas, os carros com adesivos de Atlético - Campeão Brasileiro de 2001e os torcedores, orgulhosamente, vestindo o manto sagrado . O melhor futebol venceu a tudo e a todos. O Brasil teve que se render ao rubro-negro paranaense – apesar do sempre preconceito existente na imprensa paulista e carioca.
A camisa rubro-negra na Cápsula do Tempo
O jornal Americano, The New York Times, resolveu colocar numa CÁPSULA DO TEMPO ( um baú com 1 metro cúbico mais ou menos), alguns objetos que representassem o que existe ( ou o que existiu) no planeta TERRA no ano de 2000 da era cristã. Estes objetos ficarão guardados até o novo milênio – a CÁPSULA só poderá ser aberta no ano 3.000 D.C.
Dentre esses objetos, a CAMISA RUBRO-NEGRA, manto sagrado do CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE, foi escolhida para fazer parte desse acervo.
Quando um representante do jornal americano esteve em Curitiba, (uma vez que nossa cidade, dentre as 4 do mundo, fora escolhida para ceder alguma material que deveria ser depositado na urna temporal), após ser recebido pelas autoridades governamentais, foi conduzido pelo motorista de táxi – Clóvis Gonçalves – que ao ser argüido sobre o que ele gostaria de colocar numa CÁPSULA do TEMPO, imediatamente disse que a CAMISA DO SEU CLUBE DO CORAÇÃO é que deveria ser guardada para a posteridade. O jornalista achou muito inteligente a idéia de Clóvis, pois o “SOCCER” é uma prática desportiva que congrega milhões de praticantes e de aficcionados. Assim, além da ÁGUA MINERAL paranaense, a camisa do ATLÉTICO ( a única na Cápsula) estará representando o futebol, devidamente eternizado, para que a longínqua geração do próximo milênio saiba o que acontecia no nosso mundo.
Bicampeão
O nosso Furacão começou o campeonato arrasando o Londrina, dando indícios de que o time incomodaria muito os adversários no decorrer da competição. A goleada por 7 a 3 em Londrina marcou a nossa estréia e mostrou porque éramos os atuais campeões. O destaque da partida ficou por conta do atacante Kléber, que marcou quatro gols. Na segunda rodada, em Bandeirante, mais uma vitória, desta vez sobre o União. O artilheiro Kléber marcou mais um e foi acompanhado do meia Kelly, que fechou o placar em 2 a 0.
No primeiro jogo na Arena, vencemos fácil o Prudentópolis e, sem surpresas, o atacante Kléber foi o destaque novamente. O artilheiro marcou dois gols na vitória por 3 a 1. No Atletiba conhecemos a nossa primeira, e uma das únicas, derrota. Com cinco jogadores expulsos na partida, não conseguimos reverter o placar que marcou 2 a 0 e deu os três pontos para nosso rival. Contra o Iraty, mais um show de gols e vencemos por 4 a 3. Mostrando que seria candidato a nosso artilheiro no ano, Kléber marcou mais dois gols.
Voltamos a jogar na Arena na rodada seguinte e enfrentamos o Francisco Beltrão. Jogando em um sábado pela manhã, goleamos por 5 a 3. Na rodada seguinte, fora de casa, goleamos o Malutron por 4 a 0 e, em seguida, vencemos o Paraná Clube por 2 a 1. Contra o Rio Branco, Kléber e Alex Mineiro comandaram a goleada por 5 a 0 e a festa na Arena. Contra o Rio Branco, na Estradinha, comemoramos nossos 77 anos com uma vitória por 1 a 0. O atacante Kléber foi o autor do gol que presenteou todos os atleticanos.
Pela 11ª rodada, recebemos o Malutron e o visitante saiu derrotado por 3 a 1. O atacante Kléber estava se acostumando a marcar mais de um gol por jogo e neste deixou sua marca duas vezes. Em Francisco Beltrão, vencemos os donos da casa por 1 a 0 e na rodada seguinte veio a nossa segunda derrota, novamente para o Coritiba, por 3 a 2. Contra o Londrina voltamos a vencer. Com 2 a 1 no placar, somamos mais três pontos e abrimos uma diferença de nove para os vice-líderes. Essa diferença continuou na rodada seguinte, já que vencemos também o Prudentópolis, por 3 a 1.
Nossa última derrota veio contra o Iraty, por 1 a 0 fora de casa. No clássico contra o Paraná Clube, vencemos por 3 a 1 no Pinheirão. Fechando a primeira fase, já classificados, vencemos o União Bandeirante por 3 a 2 e garantimos as vantagens para as fases seguintes. Na semifinal, nosso adversário foi o Malutron e no primeiro jogo, empatamos em 1 a 1 com gol do meia Kleberson. No segundo jogo, na Arena, vencemos por 4 a 3 , nos classificando para a grande final.
Contra o Paraná Clube, jogamos a primeira partida no Pinheirão e empatamos em 1 a 1 com gol do atacante Alex Mineiro. No segundo jogo o resultado foi o mesmo e a decisão aconteceu na terceira partida. Novamente na Arena, o terceiro resultado foi um empate também, mas desta vez saíram mais gols. O resultado final de 2 a 2, com gols de Adriano e Donizete Amorin, nos deu o título já que conquistamos as vantagens na primeira fase. A nossa torcida vibrou e fez a festa, comemorando principalmente com o artilheiro do campeonato, o atacante Kléber.
Alex mineiro
Alexsander Pereira Cardoso nasceu em Belo Horizonte, em 15 de março de 1975. Chegou ao Atlético Paranaense em 2001 e foi decisivo na conquista do estadual daquele ano. Depois, foi fundamental na conquista do principal título da história rubro-negra, o Campeonato Brasileiro. Virou ídolo após marcar oito gols dos dez do Furacão na fase final da competição.
Foi um dos artilheiros do time com 17 gols e ganhou o Troféu Bola de Ouro, da Revista Placar, como melhor jogador do Brasileirão. No final de 2002, Alex Mineiro foi emprestado ao Tigres, do México. O próprio jogador confessou em entrevista que seu momento de tristeza no futebol foi sua ida ao México, pois estava bem no Atlético. E que seu momento de alegria foi o seu retorno, em 2003.
Foi para o Japão, ma voltou ao Caldeirão em 2006, fazendo aquilo que sempre fez, gols. Em dezembro de 2007, foi vendido ao Palmeiras. Dois anos mais tarde, voltou a defender o rubro-negro. Mais um que ficou na história do clube e no coração da torcida.
Foi um dos artilheiros do time com 17 gols e ganhou o Troféu Bola de Ouro, da Revista Placar, como melhor jogador do Brasileirão. No final de 2002, Alex Mineiro foi emprestado ao Tigres, do México. O próprio jogador confessou em entrevista que seu momento de tristeza no futebol foi sua ida ao México, pois estava bem no Atlético. E que seu momento de alegria foi o seu retorno, em 2003.
Foi para o Japão, ma voltou ao Caldeirão em 2006, fazendo aquilo que sempre fez, gols. Em dezembro de 2007, foi vendido ao Palmeiras. Dois anos mais tarde, voltou a defender o rubro-negro. Mais um que ficou na história do clube e no coração da torcida.
fonte: clube atlético paranaense
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