1925


Nossa história começa em 1925. Era o nosso segundo ano de existência, ainda havia dúvidas sobre o sucesso da fusão que originou o Rubro -Negro. Mas o primeiro título do Atlético provou aos americanos e internacionalistas que a união daria certo. Com uma campanha invicta no primeiro turno, não houve atleticano que não se animasse para as fases finais. Já na primeira partida do campeonato, lavamos a alma. Despachamos o Savóia, que havia acabado com as nossas esperanças um ano antes. Não fosse isso e seríamos campeões já no primeiro ano de vida. A motivação era muito grande para aquele jogo e valeu à pena. Urbino e Marreco jogaram muito e, se não fosse o goleiro Alberto, do Savóia, o resultado não seria só 1 a 0.


O segundo jogo foi um empate em 3 a 3 com o Coritiba. , humilhamos o antigo Paraná com um devastador 7 a 1. Em seguida, foi a vez do Campo Alegre sentir a nossa força em outro massacre, desta vez por 5 a 1. Depois, ainda vencemos, em sequência, o Universal, o Palestra e o Britânia, todos por 2 a 1. No segundo turno, o Atlético perdeu somente a primeira partida. E como Atlético e Savóia terminaram os turnos com a mesma campanha, o título foi decidido entre as duas equipes.

A baixada da Água Verde ficou lotada nas partidas finais, cerca de cinco mil torcedores acompanharam a disputa do título. Era o fascínio da camisa rubro-negra começando sua mística, seu encanto, sua força.
O primeiro jogo foi no dia 10 de janeiro de 1926, e o Atlético saiu na frente. Urbino, nosso homem-gol naquele ano, abriu o placar, com um chute no canto direito do goleiro adversário. Mas a equipe do Savóia era forte e conseguiu empatar quando nossa vitória parecia certa.

A expectativa para a segunda partida era imensa. Imagine se pudéssemos voltar no tempo e comemorar de terno e gravata – era assim que se ia aos jogos na época – o primeiro título da história do Atlético. Imagine poder contar, hoje, aos netos e bisnetos um história tão especial... O Atlético é um universo mágico, as emoções que desperta mexem com a gente, mesmo quando são apenas imaginárias!

Mas voltemos à decisão do campeonato, à finalíssima, vamos ser logo campeões, que é o que realmente interessa nesta história. Era domingo, dia 17 de janeiro, mês de muita chuva. Naquele dia, o Rubro-Negro mostrou porque era mais time que o Savóia. Saímos atrás. No final da primeira etapa, Henrique abriu o placar para eles, mas nosso time não se abateu, foi pra cima, lutou, pressionou, até que Urbino, mais uma vez ele, resolveu fazer das suas. O ponta se meteu a driblar, um a um, todos os defensores do Savóia, fez uma pintura de jogada e empatou a partida a 30 segundos do fim do primeiro tempo. Era a glória, já era possível pressentir que o título seria nosso. Era só uma questão de tempo.

Depois do intervalo, foi a vez de Marreco brilhar. Ele fez os dois últimos gols e sacramentou a vitória e o título atleticano. O Savóia ainda chutou um pênalti na trave de Tapyr, nosso goleiro nas partidas finais, o que só completou a felicidade de toda a torcida rubro-negra. Esperamos o apito final e comemoramos, vibramos muito. É bem verdade que de um jeito mais contido do que fazemos hoje, mas foi igualmente inesquecível. Era a nossa primeira taça, o primeiro título da gloriosa história do nosso Clube Atlético Paranaense. 
fonte: clube atlético paranaense 

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