2005


Depois de realizar um Campeonato Brasileiro muito bom em 2004, era a vez de mostrar ao torcedor atleticano que nosso time poderia voltar a conquistar o título estadual. Com apenas duas derrotas em toda a competição, surpreendemos ao disputar a competição praticamente inteira com um time reserva, já que a equipe principal estava com suas forças voltadas à Copa Libertadores da América.

A estréia causou muita desconfiança no torcedor, mesmo com a vitória de 2 a 1 sobre o Império do Futebol, na Vila Olímpica do Boqueirão. Isso porque o adversário era uma equipe recém montada, o time ainda não tinha um técnico definido e jogava sob o comando do interino Lio Evaristo e sem seus principais jogadores. No segundo jogo, parecia que nosso time iria engrenar mesmo com a negociação do meia Jadson e do lateral Ivan para a Ucrânia. Na Kyocera Arena, o Rubro-negro venceu o Francisco Beltrão por 2 a 0. Na rodada seguinte foi a vez de viajar ao interior e enfrentar o Paranavaí, mas um erro de arbitragem não deixou que o Rubro-negro vencesse a sua terceira partida consecutiva. Quando vencíamos por 1 a 0, o árbitro marcou um pênalti quando a bola bateu no rosto do zagueiro Alessandro Lopes. Convertida a penalidade o jogo terminou em 1 a 1.

Contra o Iraty, estreamos o técnico Casemiro Mior e vencemos a partida realizada na Baixada por 2 a 0. Contra o Londrina, na rodada seguinte, o goleiro Diego foi o destaque do jogo que terminou empatado em 0 a 0. Novamente em Curitiba, foi a vez de jogarmos contra o Malutron e vencer a equipe de São José dos Pinhais. Com um púbico pequeno presente à Kyocera Arena, a vitória veio com 3 a 1 no placar. Fechamos o primeiro turno da primeira fase com uma derrota para o Nacional, de Rolândia. Com o time bastante desfalcado em função da delegação que viajou para a estréia na Copa Libertadores da América, a equipe foi comandada por Lio Evaristo e, jogando praticamente com um time formado por juniores, não agüentou a pressão do time do interior. Sofremos a nossa primeira derrota no Campeonato, por 1 a 0.

No returno, voltamos para a Kyocera Arena para enfrentar o Império e a partida ficou marcada pela arbitragem de José Francisco de Oliveira, que assinalou um gol para o Rubro-negro quando a bola chutada pelo meia William bateu nas redes pelo lado de fora. O gol nos deu o empate, já que até então, estávamos perdendo por 2 a 1. Contra o Francisco Beltrão, no confronto dos líderes do grupo B, voltamos a vencer (3 a 2) e assumimos a liderança isolada. Contra o Paranavaí, vencemos por 3 a 1, com o meia Fabrício sendo considerado o destaque da partida, já que todas as jogadas de gols saindo dos seus pés.

Em Irati, o atacante Lima foi o responsável por conquistarmos mais um ponto. Quando o placar estava 2 a 1 para o adversário e o jogo parecia seguir para o seu final, o artilheiro balançou aos redes e empatou o jogo. Com o time completo para enfrentar o Londrina, jogamos bonito e goleamos por 5 a 0 o time do interior. Na rodada seguinte mais uma vitória, desta vez em São José dos Pinhais. Contra o Malutron, o zagueiro Baloy marcou o único gol do jogo, garantindo mais três pontos ao Furacão. Debaixo de muita chuva, recebemos o Nacional e ficamos no empate em um gol. Fechando a primeira fase, também na Arena, goleamos o Roma e conhecemos o nosso adversário da semifinal: o Londrina.

Na primeira fase, saímos invictos do confronto, era o que esperávamos que acontecesse agora também. No primeiro jogo, demos indícios de que a briga pelo título iria ser muito boa ao golearmos o time do interior. Com 4 a 0 no placar e gols de Fabrício, Fernandinho (2) e Maciel, demos um grande passo rumo à final, mas ainda faltava o jogo de volta. Na Arena, nova vitória, desta vez por 3 a 1, com gols de Durval, Marín e Alan Bahia. Agora nos restava esperar o vencedor de Coritiba e Iraty para conhecer nosso adversário na grande final.

Para uma decisão mais emocionante, o Coritiba venceu e nos recebeu no Pinheirão para o primeiro jogo da final. Mesmo jogando bem, nosso time foi surpreendido e acabou perdendo por 1 a 0 o primeiro tempo do confronto de 180 minutos. Na volta, em casa e com a Kyocera Arena lotada, foi a nossa vez de vencer pelo mesmo placar. Na soma dos dois resultados, o empate e a decisão acabou nos pênaltis. Como não poderia deixar de ser uma final com um Atletiba, o torcedor se emocionou do começo ao fim. Pronto para soltar o grito de campeão quando viu que Capixaba e Nascimento erraram suas cobranças pelo time coxa, os atleticanos comemoraram quando Lima, revelado no rival, acertou o último chute e acabou nos dando o troféu.
O campeão paranaense foi um furacão na libertadores
No campeonato paranaense de 2005, o rubro-negro utilizou, na maioria dos jogos, uma equipe mista, tendo em vista as disputas da Taça Libertadores da América. Mesmo com altos e baixos durante as disputas o Atlético chegou às finais, tendo a vantagem de jogar por empates para ser campeão. O adversário da finalíssima foi o tradicional rival – Coritiba.
A primeira partida foi realizada no Alto da Glória. Os coxas conseguiram uma vitória por 1x0, revertendo a vantagem. Jogariam a outra partida precisando tão somente do empate para a conquista do título. Durante a semana, a imprensa coxa cantou vitória, os torcedores ficaram eufóricos. No 2º jogo, o Atlético partiu para cima do adversário e conseguiu, no tempo normal, uma vitória por 1x0, levando a partida para uma prorrogação. Em razão da retranca alvi-verde, acabou em 0x0. A decisão do título foi para as penalidades. Aí o rubro-negro mostrou competência. Os coxas erraram dois e o Atlético precisou apenas bater 4 penalidades. 4x2! A conquista rubro-negra estava consolidada. Campeão Paranaense de 2005 com um sabor qualificado - conquistou o galardão ganhando dos coxas. A torcida rubro-negra festejou mais uma conquista até altas horas. A cidade vestiu-se, novamente, de vermelho e preto.
O Furacão das Américas
Pela terceira vez o Atlético disputava a Taça Libertadores da América – classificou-se em razão do vice-campeonato brasileiro de 2004. No sorteio realizado, o rubro-negro teve como adversários as equipes da Colômbia – América, de Cali e Independente, de Medellín e do Paraguai o time do Libertad.
A primeira partida foi em Medellín. O Atlético ganhava de 2x0 e cedeu o empate no final – 2x2. Aqui, na Arena, enfrentou o Libertad e venceu-o por 1x0. Partida difícil. Jogando em Cali, perdeu para o América, por 3x1. Depois, venceu a equipe colombiana por 1x0, aqui na Arena Kyocera. Foi ao Paraguai e bateu a equipe guarani do Libertad, por 2x1. Precisando de apenas um empate contra o Independente, aqui em Curitiba, para se clasificar para a 2ª fase, o Atlético foi surpreendido e goleado -  0x4. Graças a derrota do América, em Cali, para o Libertad, a classificação rubro-negra aconteceu. Que sufoco. Críticas e mais críticas. Pela 2ª vez o treinador foi trocado. Borba Filho – que era o “olheiro” passou a comandar. O próximo adversário foi a equipe do Cerro Portenho, do Paraguai – que chegava invicta a esta nova fase. Aqui, na Arena Kyocera, vitória atleticana por 2x1. Jogo muito difícil. Em Assunção, o Atlético foi derrotado por 2x1. A decisão da vaga foi para as penalidades. O goleiro Diego defendeu uma e o Furacão estava classificado. Pela primeira vez uma equipe paranaense chegava às quartas-de-final. Contratou-se o técnico Antônio Lopes. O Santos FC, que lhe tirara o título brasileiro, era o adversário. A imprensa paulista cantou vitória antecipada. Mesmo jogando com um jogador a menos (expulso), o Atlético fez uma partida de superação – com muita garra e com um esforço sobre-humano conquistou uma vitória extraordinária – 3x2. Mesmo assim, os santistas achavam que na sua casa reverteriam a situação. Aí o rubro-negro mostrou porque é o Furacão. Com muita competência e uma determinação fabulosa, o Atlético venceu o Santos por 2x0. Estava classificado para a semifinal. A torcida vermelha e preta não cabia em si de contente. O futebol paranaense – do Atlético – chegava a uma posição invejável na Taça Libertadores da América.  A equipe mexicana do “Chivas” Guadalajara era o próximo obstáculo a ser transposto. A Arena Kyocera engalanou-se e os mexicanos tremeram diante da torcida rubro-negra. O furacão arrasou os “ Chivas “ (cabritas) por 3x0. Com essa vantagem estabelecida, o Atlético foi para Guadalajara – Estádio Jalisco – 60.000 espectadores empurrando a equipe mexicana. Com muita garra e um bom futebol, o Atlético começou perdendo por 1x0, mas virou o jogo para 2x1 e no final cedeu o empate. 2x2. A classificação para as finais estava consolidada.  O adversário era o São Paulão FC. Era a primeira vez que duas equipes brasileiras disputavam uma final da Libertadores.
A suja politicagem  do “eixão” se fez presente. O São Paulo fez de tudo para que o rubro-negro não o enfrentasse em Curitiba. Mesmo ampliando a capacidade da Arena Kyocera, com arquibancadas tubulares (semelhantes às usadas pelo Santo André e pelas equipes do Rio de Janeiro – na Ilha do Governador -) a Conmebol e a CBF transferiram o local da partida. O Atlético foi obrigado a jogar no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Tristeza e revolta gerais. No  Rio Grande do Sul empate em 1x1. Na decisiva, em São Paulo , no Morumbi, o São Paulo ganhou de 4x0. O Atlético era vice-campeão da Libertadores da América, de 2005. Um feito extraordinário e inédito para as suas cores e para o futebol do Estado do Paraná.

fonte: clube atlético paranaense 

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